quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Era necessário Jesus passar por Samaria

“Era-lhe necessário passar por Samaria” (Jo 4.4)

A paz de Cristo. O capítulo 4 do Evangelho de João é uma verdadeira quebra de paradigmas. Jesus sai da Judéia e vai uma vez mais para a Galiléia, até aí tudo bem, a questão é que o Rabi resolve passar por Samaria, visto que, a maioria dos judeus quando fazia esse percurso em viagem, optava por atravessar o Jordão a passar por Samaria. E a razão é simples: Os samaritanos, povo judeu-pagão mesclado, eram inimigos para os judeus de linhagem pura, eram considerados como cães, eram odiados por terem desobedecido a Lei de Moisés. Não havia nenhuma possibilidade de diálogo entre judeus e samaritanos. Para os judeus, os samaritanos eram uma pedra no sapato em seu próprio território, era uma relação hostil, sempre marcada pela tensão. Sabendo de tal relação entendemos com maior clareza a parábola do bom samaritano e a surpresa da samaritana ao ser abordada por Jesus, e mais, o fato de Jesus beber água de um recipiente samaritano, já que os samaritanos eram relaxados na sua maneira de entender o ritual da purificação.

Você deve estar se perguntando, se a relação entre judeus e samaritanos era tão hostil, por que era necessário Jesus passar por Samaria?

1º) Jesus passou por Samaria porque amava os samaritanos e possuía uma obra de redenção para as suas vidas que estava acima do conflito. Para Jesus mais vale uma alma do que o mundo inteiro. Muitos samaritanos creram em Jesus. Se olharmos para nós, brasileiros, também não somos judeus, mas Jesus passou pelo Brasil, anunciou as boas novas, houve arrependimento e então Ele perdoou os nossos pecados e deu-nos o direito, nós que cremos em seu nome, de sermos feitos filhos de Deus, geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, ramos enxertados na oliveira verdadeira.

2º) Jesus passou por Samaria porque os samaritanos careciam conhecer o caminho, a verdade e a vida. Jesus sempre irá passar e parar em lugares onde houver pessoas que não o conhecem verdadeiramente, pois os samaritanos adoravam aquilo que não conheciam. Jesus sempre está disposto a parar em lugares que a sociedade julga serem insignificantes, em lugares onde as pessoas são desprezadas pela massa. O próprio Jesus cresceu em Nazaré, uma cidade inexpressiva em Israel, a ponto de Natanael questionar se poderia sair alguma coisa boa de lá.

3º) Jesus passou por Samaria para sinalizar que mais cedo, mais tarde, também passará pela nossa vida. Jesus quer entrar em nossa vida de forma plena, quer destruir as inimizades, os conflitos, a incredulidade, a religiosidade e salvar a nossa alma da condenação eterna. Mais que passar, Ele quer fazer morada em nós. Era-lhe necessário passar por Samaria.

No amor do Cristo que passou um dia por mim, deixei-o entrar e até hoje comigo está.
Anderson Vieira
Que 2010 seja 10

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

O presente de Deus para nós é Jesus!

“Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou Seu filho, nascido de mulher”. (Gálatas 4.4)

A paz de Cristo. Quando Jesus nasceu, Israel estava sob o jugo romano, a grandeza do reino não passava de lembranças e o povo pagava tributo a César. Eram os dias de Augusto e Roma governava o mundo. Contudo, a despeito das aparências, Jesus nasceu na plenitude do tempo. Deus permitiu que Roma absorvesse o mundo e que Jesus fosse crucificado no império romano e numa cruz romana. Tudo planejado estrategicamente por Deus para que as boas novas chegassem até os confins da terra.

As comunicações de Roma eram boas, seus navios e estradas iam para todas as partes. Isso permitiu aos apóstolos viajar de cidade em cidade dentro do império, falando a respeito do Salvador. Ainda hoje, dois mil anos depois, homens de Deus, de cidade em cidade, de casa em casa, e até por meio da internet, como eu estou fazendo, anunciam o que anunciou o profeta Isaías: “Um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz...” (Isaías 9.6)

Que neste Natal, Jesus seja o seu maior presente. Que o amor de Deus preencha o seu coração. Que a paz do Espírito Santo contemple o seu lar.

Feliz Natal com Jesus, que continua nascendo dia após dia no coração da humanidade.

Anderson Vieira e família

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

A gratidão do leproso samaritano

“E aconteceu que, indo ele a Jerusalém, passou pelo meio de Samaria e da Galiléia; E, entrando numa certa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez homens leprosos, os quais pararam de longe; E levantaram a voz, dizendo: Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós. E ele, vendo-os, disse-lhes: Ide, e mostrai-vos aos sacerdotes. E aconteceu que, indo eles, ficaram limpos. E um deles, vendo que estava são, voltou glorificando a Deus em alta voz; E caiu aos seus pés, com o rosto em terra, dando-lhe graças; e este era samaritano. E, respondendo Jesus, disse: Não foram dez os limpos? E onde estão os nove? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro? E disse-lhe: Levanta-te, e vai; a tua fé te salvou”.(Lc 17.11-19)

A paz de Cristo. Todo final de ano somos levados a refletir acerca dos acertos e erros que tivemos, de como foi o ano. Colocamos no papel projetos para o ano seguinte, lamentamos aquilo que não se realizou como gostaríamos, e na maioria das vezes, esquecemo-nos de agradecer a Deus pelas infinitas bênçãos sobre nossas vidas derramadas. Somos rápidos em cobrar, reclamar e justificar. Em alguns casos exigimos, determinamos que nossa petição seja atendida a qualquer preço diante do amoroso Pai. Quando abençoados, somos vagarosos em agradecer, testemunhar e louvar. Somos ingratos. A religiosidade faz isso conosco, estamos sempre prontos a pedir, mas indispostos a agradecer. Somos insaciáveis, queremos que Deus faça sempre mais e estamos dispostos a fazer sempre menos em prol do reino e de nossa relação com o Criador.

O médico Lucas relata acerca de dez leprosos que saíram ao encontro de Jesus, clamaram por misericórdia e acatando as ordenanças do Mestre, ao mostrarem-se aos sacerdotes foram purificados. Acontece que, apenas um deles, vendo que estava curado, voltou glorificando a Deus em alta voz, caiu aos pés de Jesus e deu-lhe graças pelo milagre alcançado. E além de tudo, este que voltou era estrangeiro, um samaritano. Nove dos dez homens seguiram seus caminhos curados. Horas antes clamavam em alta voz pela piedade de Jesus. Agora curados, festejavam a cura, muito longe de Jesus. Ingratos. Apenas um demonstrou um coração grato e pronto a retornar para os pés Daquele que teve piedade dele.

Pessoas com fé, mas depositada muitas vezes no lugar errado, colocam faixas, acendem velas etc, como forma de agradecimento. E, nós, que servimos ao Deus Vivo, o Deus de Abraão, Isaac e Israel, muitas vezes somos incapazes de ter um coração agradecido, como se fosse obrigação de Deus nos abençoar e fazer as nossas vontades.

Que neste fim de 2009 sejamos agradecidos a Deus, que grandes coisas fez por nós. Que nossa alma bendiga ao Pai e não se esqueça de nenhum de seus benefícios. Que reconheçamos que pelo simples fato de estarmos respirando já temos um bom motivo para glorificar o Seu nome.

Reflita sobre isso e que venha 2010.
Com um coração quebrantado e agradecido a Deus,
Anderson Vieira

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Assassinos Espirituais – Amor vs Impiedade

“Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor. Tenho-vos dito isto, para que o meu gozo permaneça em vós, e o vosso gozo seja completo. O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos”. (Jo 15. 9-13)

A paz de Cristo. Escrevo sobre o último artigo da série “Assassinos Espirituais”. A abordagem de hoje é “amor versus impiedade”. Jesus Cristo, nosso Senhor, Salvador e Rei, em suas palavras, atitudes e ações, sempre apregoou acerca do amor. Tudo o que o Ungido de Deus realizou na terra dos viventes tinha como motivação primeira o amor pelas vidas, amor pelas almas. Jesus não apenas agia em amor como era a própria manifestação do amor do Pai, mais que conter amor em seu coração, Ele era a própria expressão do amor de Deus. Prova disso é a sua declaração e sua morte: “O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos”.

Os assassinos espirituais andam na contramão de tudo que Jesus orientou. Eles não amam, não tem misericórdia, são impiedosos. A Bíblia Sagrada perdoa o pecador, mas o assassino espiritual não. Parece que a sua alegria está em ver o outrem em angústia, em sofrimento. À semelhança do sacerdote que ignorou o homem que estava entregue à sorte na beira do caminho após ser espancado por salteadores, assim também são os assassinos espirituais. A impiedade, a falta de amor e a acusação são suas armas. O apedrejamento é a sentença preferida dos assassinos espirituais.

Os assassinos espirituais arrancam da Bíblia a página que contém o capitulo 13 da 1ª Carta do Apóstolo Paulo aos Coríntios. São fariseus natos. Jesus quebrou as algemas que aprisionavam a nossa alma, mas os assassinos espirituais banalizam a morte calvária de Cristo e querem aprisionar-nos. Nenhuma condenação há para quem está em Cristo, mas os assassinos espirituais insistem em querer condenar-nos.

Que Deus nos ajude para que não sejamos vítimas da impiedade dos assassinos espirituais e que Deus não encontre em nós as características de tal grupo de pessoas.

No amor de Cristo, que nos dá a vida eterna.
Anderson Vieira