segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

A única forma de andar com Deus

“Andou Enoque com Deus e já não era, porque Deus o tomou para si”.
(Gn 5।24 – Versão Genebra)

A paz de Cristo. Andar na presença de Deus é um privilégio e todo privilégio tem o seu preço, a sua condição. As Sagradas Escrituras revelam que Enoque andou com Deus e foi arrebatado. Também declara que Noé era homem justo e íntegro entre os seus contemporâneos e que andava com Deus. Diz que Jó era homem íntegro e reto, e que este também andava com Deus e se desviava do mal. O próprio Deus disse ao patriarca Abraão: “Anda na minha presença e sê perfeito”. O Todo-Poderoso bradou: “Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo”. O verbo andar é empregado inúmeras vezes a fim de tornar claro uma característica singular do homem de Deus: ele e o SENHOR andam juntos.

É fato consumado que, todos os homens de Deus andaram na presença do Altíssimo. Mas entre as muitas atitudes necessárias para que andar com Deus seja possível, há uma que considero a mais importante, a ponto de afirmar com base na Bíblia Sagrada que, sem ela, absolutamente ninguém pode andar com Deus. Essa atitude é o “ABANDONO DO PECADO”. Afastar-se do pecado é uma atitude requerida na Bíblia inúmeras vezes com o intuito de que lhe seja dada a devida atenção. Qualquer um que ignore essa verdade jamais poderá dizer que anda com Deus.

Pecar é transgredir as leis de Deus em nossos pensamentos, palavras e atos. "Todo aquele que pratica o pecado transgride a lei; de fato, o pecado é a transgressão da lei". (1 Jo 3:4)

O salmista declara que bem-aventurado é o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. No livro do Profeta Miquéias está escrito: “Porque todos os povos andam, cada um em nome do seu deus; mas, quanto a nós, andaremos em nome do SENHOR, nosso Deus, para todo o sempre”. Daniel resolveu firmemente não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho, pois andava com Deus.

É inerente ao homem que anda com Deus, o abandono da prática do pecado. O pecado é um abismo que separa o homem do Pai. O salário do pecado é a morte. Sem santidade ninguém verá a Deus, quanto mais andar com Ele. Por isso Paulo disse: “Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor”.

O cristianismo é muito mais que uma religião, é um estilo de vida que anda no sentido contrário da ideologia deste mundo e que afronta com veemência o pecado. Paulo aos romanos escreveu: “Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes”. (Rm 13.13)

Andemos segundo os seus mandamentos (2 Jo 6). Nós não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito (Rm 8.4). Andemos no Espírito e jamais satisfaremos à concupiscência da carne (Gl 5.16). Façamos como o salmista orientou, guardemos no coração a santa palavra, para não pecar contra Deus. (Sl 119.11)

Grave isso, só há uma forma de andar com Deus: abandonando o pecado. Andemos na luz e não em trevas.

Deus te abençoe com toda sorte de bênçãos nas regiões celestiais.

Em Cristo,
Anderson Vieira

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O Paralítico do Tanque de Betesda e Jesus

“Depois disto havia uma festa entre os judeus, e Jesus subiu a Jerusalém। Ora, em Jerusalém há, próximo à porta das ovelhas, um tanque, chamado em hebreu Betesda, o qual tem cinco alpendres. Nestes jazia grande multidão de enfermos, cegos, mancos e ressicados, esperando o movimento da água. Porquanto um anjo descia em certo tempo ao tanque, e agitava a água; e o primeiro que ali descia, depois do movimento da água, sarava de qualquer enfermidade que tivesse. E estava ali um homem que, havia trinta e oito anos, se achava enfermo. E Jesus, vendo este deitado, e sabendo que estava neste estado havia muito tempo, disse-lhe: Queres ficar são? O enfermo respondeu-lhe: Senhor, não tenho homem algum que, quando a água é agitada, me ponha no tanque; mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim. Jesus disse-lhe: Levanta-te, toma o teu leito, e anda. Logo aquele homem ficou são; e tomou o seu leito, e andava. E aquele dia era sábado”. (Jo 5.1-9)

A paz de Cristo। Jesus, em seu ministério terreno, constantemente surpreendia todos a sua volta com ações que fugiam do óbvio, do esperado, da mediocridade. Um bom exemplo foram os milagres que Jesus operou. Em determinados momentos Jesus era solicitado e operava milagres, em outros, sem que ninguém esperasse, ia até o necessitado e agraciava-lhe. Foi justamente isso que ocorreu junto ao Tanque de Betesda com um paralítico.

O texto em destaque começa dizendo que havia uma festa entre os judeus (provavelmente a Pessach, Páscoa), e que Jesus subiu a Jerusalém। Nos fala ainda que próximo à Porta das Ovelhas havia um tanque chamado Betesda, que significa “Casa de Misericórdia”. A Bíblia diz tanque, mas também pode ser entendido como uma piscina. Historiadores dizem que o tanque possuía 100 metros de cumprimento, 60 metros de largura e cerca de 10 metros de profundidade com cinco pórticos que o rodeavam.

Nos Alpendres (Espécie de Cobertura apoiada por Grandes Colunas), uma multidão de enfermos, tendo como base uma tradição, esperava o movimento das águas ocasionado por um anjo e o primeiro que entrasse no tanque era contemplado com a cura।

É impossível mensurar o número de pessoas ali alojadas no Tanque de Betesda e qual o período de tempo। Mas a Sagrada Escritura fala de um homem paralítico que esperava por seu milagre há trinta e oito anos. Quase quatro décadas marcadas pela incerteza, e, quem sabe, desesperança, devido a tanto tempo de espera sem conseguir o seu milagre junto ao tanque. Parecia que a Casa de Misericórdia não era tão misericordiosa assim.

Mas de repente surge no cenário um especialista em misericórdia, a própria misericórdia em pessoa, Jesus Cristo de Nazaré। Sem alarde e com compaixão divina, o Deus Filho adentra a Porta das Ovelhas e dirige-se direto ao paralítico e pergunta-lhe: Queres ser curado? – E o homem responde: “Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque, quando a água é agitada; pois, enquanto eu vou, desce outro antes de mim”. Então, lhe disse Jesus: “Levanta-te, pega o teu leito e anda”. Imediatamente o homem se viu curado e começou a andar. E aquele dia era sábado.

Sabe o que este milagre nos ensina?

a) Os milagres de Deus não ocorrem por merecimento, e, sim, por vontade soberana de Deus, pela infinita graça। O texto não diz que o paralítico fez campanha, nem mesmo que era um cristão. Diz simplesmente que Jesus se dirigiu a ele e o curou. A iniciativa partiu do próprio Jesus, foi Ele quem viu o paralítico;

b) Jesus perguntou se o homem desejava a cura। Assim como perguntou a Bartimeu e a outros. Tem que existir o desejo, vontade. Deus dotou o homem da capacidade de decidir e por isso espera que o mesmo use tal privilégio com sabedoria. Se a pessoa não quiser, Deus não o fará forçadamente;

c) Os milagres de Deus não possuem fórmula para acontecerem। Deus age como quer. Se Deus pudesse ser manipulado pelo homem para operar milagres, Ele poderia ser um pseudo-deus, não o Deus onipotente, onisciente e onipresente;

d) O tempo e o dia em que um milagre acontece pertencem a Deus e não ao homem। Deus opera na hora oportuna. Era um sábado, um dia sagrado para os judeus, mas a cura do paralítico, na escala de valores de Jesus, era mais importante, estava acima da religião. Se aquele paralítico estava há 38 anos no Tanque de Betesda, isso significa que quando Jesus nasceu, aquele homem já estava ali. É claro que Deus pode operar imediatamente um milagre àquele que clama em desespero, Ele é Deus e conhece a necessidade de cada um. Mas pode ser que o milagre não ocorra no tempo em que o homem espera. Deus é soberano;

e) Por último podemos entender através desse acontecimento que Deus se importa com o desfavorecido, necessitado e excluído। Caso você esteja entregue à própria sorte como o paralítico, não perca a esperança, Deus pode lhe surpreender e surgir de repente junto ao tanque da sua vida e realizar um milagre em seu favor.

No amor de Cristo,
Anderson Vieira