terça-feira, 20 de abril de 2010

Aprendendo com João Batista

“É necessário que ele cresça e que eu diminua”. (Jo 3.30 NVI)

A paz de Cristo. A biografia de João, o batista, é incomparável. Apesar das escrituras sagradas não atribuírem a este homem nenhum milagre e do seu nome não constar na galeria dos heróis da fé, entre os nascidos de mulher não surgiu ninguém maior do que ele. Foi ele quem preparou o caminho para o nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo, fazendo cumprir uma das inúmeras profecias do profeta messiânico Isaías. João Batista foi um homem com um testemunho de vida tão impactante e tremendo, que o mundo não era digno dele.

Acredito que João Batista pode nos ensinar algumas lições importantes:

a) João Batista sabia qual o propósito Deus havia designado para ele cumprir. Ele sabia qual era o seu chamado:

Quando os judeus de Jerusalém enviaram sacerdotes e levitas para perguntarem quem ele era. João Batista respondeu com uma convicção notória: “Não sou o Cristo”. Perguntaram-lhe: “E então, quem é você? É Elias?” Ele disse: “Não sou”. “É o Profeta?” Ele respondeu: “Não”. Finalmente perguntaram: “quem é você? Dê-nos uma resposta, para que a levemos àqueles que nos enviaram. Que diz você acerca de si próprio?” João respondeu com as palavras do profeta Isaías: “Eu sou a voz do que clama no deserto: Façam um caminho reto para o Senhor”. (Jo. 1.19-23)

É de extrema importância que cada cristão saiba qual é o seu chamado e siga-o firmemente, conforme Paulo declara aos efésios, no capítulo 4, verso 11. Se não discernimos isso poderemos vivenciar momentos de crise e frustração. Lembro-me como se fosse hoje, fiz um teste de dons para ver qual poderia ser o meu chamado e tudo apontou para evangelista e não para pastor. Fiquei um pouco frustrado no momento, mas depois o Espírito Santo testificou em meu coração essa verdade. Ser pastor é uma coisa, ser evangelista é outra totalmente diferente.

b) João Batista pregava o que as pessoas precisavam ouvir e não o que elas queriam ouvir:

João Batista sabia que importava agradar a Deus e não a homens. Seus sermões eram duros e exortativos, visto a degradação moral em que o povo se encontrava. Este homem não se deixou intimidar nem pelo rei Herodes, chamando-o publicamente de adúltero. Pregava às pessoas acerca da importância do arrependimento, do abandono do pecado. Alguém poderia dizer que pela dureza ninguém lhe dava ouvidos, pelo contrário, vinha gente de Jerusalém, de toda a Judéia e de toda a região ao redor do Jordão confessando seus pecados e sendo batizados.

Imagine no púlpito da sua igreja uma mensagem dessas: O machado já está posto à raiz das árvores, e toda árvore que não der bom fruto será cortada e lançada ao fogo...Ele traz a pá em sua mão e limpará sua eira, juntando seu trigo no celeiro, mas queimará a palha com fogo que nunca se apaga.

c) João Batista apesar de ser usado poderosamente por Deus sabia que não era nada comparado a Jesus, e então, sempre exaltava seu Senhor:

Na minha caminhada cristã, se tem uma coisa que Deus precisou me tratar, foi acerca do “achar que sou alguma coisa”. Deus me proporcionou experiências que por pouco não me deixaram manquejando à semelhança de Jacó. Mas ao olhar para João Batista, eu glorifico a Deus porque ele sabia que o servo não pode ser maior que o seu senhor.

João Batista se considerava indigno de tirar as sandálias de Jesus. Ele se opôs quando Jesus foi a ele para ser batizado e uma vez que percebeu se tratava de Cristo, imediatamente disse a todos, declarando que Ele era “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”.

O discurso de João Batista expressava aquilo que fluía em seu interior:
Eu os batizo com água para arrependimento. Mas depois de mim vem alguém mais poderoso do que eu, tanto que não sou digno nem de levar suas sandálias. Ele os batizará com o Espírito Santo e com fogo. (Mt 3.11)

É necessário que ele cresça e que eu diminua. (Jo 3.30)

Conclusão

O machado está posto à raiz, que possamos dar frutos em nome de Jesus e aprender com a vida de João Batista.

Em Cristo,
Anderson Vieira