Referência: João 8.31-36
INTRODUÇÃO
A paz de Cristo. O texto outrora lido fala-nos de
uma causa e efeito, o modus operandi para
que se alcance a liberdade em Cristo. Mas libertação do que exatamente? Cito ao
menos duas prisões das quais o homem sem Deus precisa ser livre:
I – LIBERTAÇÃO
DA PRISÃO DO PECADO
“E vos vivificou,
estando vós mortos em ofensas e pecados, Em que noutro tempo andastes segundo o
curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que
agora opera nos filhos da desobediência. Entre os quais todos nós também antes
andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos
pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também”. (Ef 2.1-3)
As pessoas sem Deus encontram-se mortas em seus
delitos e pecados, e não importa quão boas elas pareçam ser ou busquem ser, sem
Jesus elas se encontram em desobediência ao Pai, aprisionadas pela corrente
invisível do pecado, debaixo de condenação e sujeitas a ira de Deus. A vida na
prática do pecado é uma rebelião da criatura em relação ao seu Criador. O homem
precisa libertar-se da escravidão de Satanás.
II – LIBERTAÇÃO
DA PRISÃO DA MORTE ESPIRITUAL
“Porque o salário do
pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus
nosso Senhor”. (Rm 6.23)
Morte é o destino de toda a humanidade. É a
consequência do pecado. A morte física vem sobre todos, mas a morte espiritual
é pior. É a separação eterna de Deus. A morte espiritual aprisiona a todos que
não conheceram a verdade que é o Cristo.
Jesus liberta o homem das correntes do pecado,
possibilitando-nos viver uma vida em santidade e também liberta-nos da morte
espiritual concedendo-nos a vida eterna.
Jesus nos resgata e nos reconcilia com Deus por
meio do seu sangue, como está escrito em Efésios, capítulo 2, verso 13 e
Romanos, capítulo 5, versículo 11. Quantos podem dizer amém? Aleluia.
DESENVOLVIMENTO
Mas essa liberdade cristã custou preço de sangue. Uma grande dívida foi
paga. Fomos justificados. Nossos pecados foram removidos e atribuídos a Cristo
que se fez maldição por nós. Fomos comprados, possuídos, somos agora
propriedade exclusiva de Deus segundo diz o apóstolo Pedro. É bem verdade que
somos filhos de Deus, mas também somos servos, e Ele, o nosso Senhor.
Então, a tese bíblica que defendo é que essa liberdade que agora temos não
significa que agora somos donos do próprio nariz ou que podemos fazer o que
quisermos. Antes pertencíamos ao diabo, agora pertencemos a Deus. A nossa
liberdade termina quando a vontade de Deus prevalece. E como filhos de Deus
qual deve ser o nosso procedimento quanto à liberdade cristã?
a)
Desistência da independência e autossuficiência pessoal em detrimento da
total dependência de Deus. - “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive
em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual
me amou, e se entregou a si mesmo por mim”. (Gl 2.20)
b) Desistência das minhas
vontades próprias em detrimento da vontade e dos planos que Deus tem pra mim. – “Então disse Jesus aos seus
discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre
si a sua cruz, e siga-me; Porque aquele que quiser salvar a sua vida,
perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á”. (Mt 16.24-25)
c)
Desistência de confiar em mim mesmo em detrimento da total confiança em
Deus. – “Assim diz
o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e
aparta o seu coração do SENHOR!; Bendito o homem que confia no SENHOR, e cuja
confiança é o SENHOR”. (Jr 17.5;7)
d) Desistência da minha
liberdade em detrimento da santidade de Deus. – “Porque vós, irmãos, fostes chamados à
liberdade. Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne”. (Gl 5.13)
CONCLUSÃO
A liberdade cristã deve conduzir os nossos pensamentos cativos à
obediência de Cristo. (2 Co 10.5)
“Todas as coisas me são
lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu
não me deixarei dominar (ESCRAVIZAR) por nenhuma”. (1 Co 6.12)
“A liberdade cristã genuína é aquela que nos mantém sujeitos ao Espírito
Santo; algemados a Deus e acorrentados a Jesus Cristo”.
Em Cristo,
Anderson Vieira