segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

O Poder da Fraqueza

Em verdade que não convém gloriar-me; mas passarei às visões e revelações do Senhor. Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no corpo, não sei, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) foi arrebatado ao terceiro céu. E sei que o tal homem (se no corpo, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) Foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar. De alguém assim me gloriarei eu, mas de mim mesmo não me gloriarei, senão nas minhas fraquezas. Porque, se quiser gloriar-me, não serei néscio, porque direi a verdade; mas deixo isto, para que ninguém cuide de mim mais do que em mim vê ou de mim ouve. E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar. Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim. E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte. (2 Coríntios 12.1-10)

A paz de Cristo. O tema desta palavra é um tanto paradoxal, todavia, lendo o texto do Apóstolo Paulo dirigido à Igreja de Corinto, é possível discernir que há realmente poder na fraqueza.

Fato é que a soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda. Melhor é reconhecer a pobreza de espírito e a necessidade de ser totalmente dependente do Pai. Afinal de contas, sem Jesus nada podemos fazer.

Na medida em que nos sentimos fortes, mais nos afastamos de Deus por acreditar que somos autossuficientes. E quando nos sentimos fracos, mais nos aproximamos de Deus. Creio que é por isso que Paulo diz se gloriar nas fraquezas e vai além: “De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo”.

O poder de Cristo é muito mais eficaz que o poder e a força humana. Considerar-se forte é rejeitar o poder de Cristo e se firmar na fragilidade do homem. Sábio é reconhecer a fraqueza humana e então fortalecer-se no Senhor e na força do seu poder, como o próprio Paulo recomenda aos efésios.

A Bíblia Sagrada não revela a natureza específica do espinho na carne de Paulo, contudo, há um consenso teológico de que se tratava de algum tipo de fraqueza ou enfermidade física.

A fraqueza humana revela no mínimo 3 verdades para quem crê em Deus e professa Jesus Cristo como Senhor e Salvador:

1ª) A fraqueza humana leva o cristão a se tornar dependente de Deus.
“Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte”. (2 Co 12.10)

2ª) A fraqueza humana revela a plena suficiência da graça de Deus.
“E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza...” (2 Co 12.9)

3ª) A fraqueza humana aperfeiçoa o poder de Deus em nós.
“... De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo”. (2 Co 12.9)

Em Deus é melhor que sejamos fracos. Mas em Deus, se somos fracos, aí então é que somos fortes. Esse é o paradoxo da vida cristã. Davi era fraco diante de Golias, mas em Deus ele era forte.

Porque quando estou fraco então sou forte.

Em Cristo, usufruindo o poder da fraqueza,
Anderson Vieira